Fiocruz MG trabalha em parceria com a UFMG, o Instituto Butantã, USP e Faculdade de Medicina de Riberão Preto
As pesquisas para o desenvolvimento de uma vacina eficaz contra o novo coronavírus vêm acontecendo em ritmo acelerado em todo o mundo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que ao menos oito entre os mais de 200 times de cientistas nessa corrida contra o relógio já deram início à fase clínica, que inclui testes em pessoas, mas ainda não há como saber quando teremos uma imunização segura o suficiente para ser aplicada na população em larga escala. Nesse verdadeiro mutirão mundial, o Brasil também arregaçou as mangas.
Liderada pelo pesquisador Alexandre Vieira Machado, da Fiocruz MG, o time tupiniquim conta com gente ainda da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), do Instituto Butantã, da USP (Universidade de São Paulo) e da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto.
A equipe, formada por 15 pessoas, tem o reforço ainda do Instituto do Coração, em São Paulo, que também trabalha no desenvolvimento de uma vacina. De acordo com Machado, o trabalho vem sendo feito a partir da modificação genética do vírus da gripe, na expectativa de criar uma proteção que seja eficaz tanto contra a covid-19 quanto contra a influenza.
O caminho, no entanto, ainda é longo. Atualmente, a vacina encontra-se em fase de desenvolvimento, e os testes em animais – que precedem os testes em humanos – só devem acontecer no meio de 2021.
Enquanto a pesquisa caminha, o governo federal anunciou a entrada do Brasil no projeto Acelerador de Vacina (ACT Accelerator), iniciativa internacional para produção de vacina, medicamentos e diagnósticos contra o novo coronavírus. O projeto conta com a adesão de mais de 44 países, empresas e entidades internacionais, incluindo a Organização Mundial de Saúde (OMS), de acordo com a Agência Brasil.