No mês em que se celebra o Dia Mundial do Meio Ambiente, e diante da redução da produção de lixo residencial, o momento é ideal para mudar como lidamos com o lixo em casa

Enquanto nos preparamos para celebrar mais um Dia Mundial do Meio Ambiente, em 5 de junho, o planeta avalia as mudanças causadas pela pandemia da Covid-19. Cerca de 2/3 da população continentes afora precisou ficar de quarentena em algum momento, o que reduziu tão drasticamente os níveis de poluição que o impacto pôde ser visto do espaço por satélites da Nasa – caso de Wuhan, na China.

A queda geral no consumo também causou a redução na produção de lixo residencial por aqui – mesmo com (quase) todo mundo em casa. De acordo com um balanço realizado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) e pela Associação Internacional de Resíduos Sólidos no Brasil (ISWA), a geração de lixo residencial caiu 7,25% no país em abril em comparação com o mesmo mês no ano anterior.

A tendência é que, com a vida voltando pouco a pouco ao normal, a produção de resíduos volte a subir, e a maneira como lidamos com o lixo é um dos fatores chave na preservação do meio ambiente. Portanto, esse tempo que estamos tendo a mais em nossos apartamentos pode servir como a chance para aprendermos a administrar nosso lixo de maneira mais sustentável.

Separar o lixo antes de ele ser recolhido é fácil. A Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) oferece o serviço de coleta seletiva em diversos bairros, onde é preciso apenas separar o lixo seco do lixo orgânico – como restos de comida, frutas, legumes e verduras, borra de café e qualquer outro resíduo que não possa ser reutilizado. O resíduo orgânico, além de representar risco à saúde dos catadores, contamina todo o material potencialmente reciclável, inviabilizando o seu aproveitamento.

A preocupação também vale para itens como o papel e o papelão, que devem estar secos, ou não poderão ser reciclados. Procure escorrer o conteúdo das embalagens e, para evitar maus cheiros, passe-as por água (frascos ou garrafas de iogurte, por exemplo). É importante ainda o uso de sacos plásticos transparentes ou translúcidos (azul ou verde) para que o gari possa visualizar o seu conteúdo.

Para que haja uma maior adesão dos moradores, cabe aos síndicos fazer uma mobilização em seus edifícios. Para que cada lixo seja descartado adequadamente, é importante que essa divisão já comece dentro de casa, mas o condomínio também deve disponibilizar latões ou lugares adequados para que a separação seja mantida.

Os recipientes com os resíduos devidamente acondicionados e separados deve ser colocado na frente do prédio no dia da coleta. Vale destacar o que diz o Art.108 da Lei 21.303, que estabelece que “depositar resíduos diferentes daqueles a que se destinam os recipientes de Coleta Seletiva constitui infração punida com multa inicial de R$ 106,00 (cento e seis reais)”.

Para saber se o seu bairro faz parte do itinerário da coleta seletiva, visite o site comlurb.rio.rj.gov.br ou ligue para o número 1746. Já no caso dos resíduos que não são recolhidos pela Comlurb – como lâmpadas, pneus, óleos, e pilhas e baterias, a Prefeitura do Rio informa onde o descarte pode ser feito corretamente neste link.