Entenda os problemas gerados e qual a postura que o síndico deve tomar nesses casos

O churrasco está no DNA do brasileiro. De norte a sul do país, não há quem não goste de unir família e amigos em uma confraternização do tipo.

É claro que não há nenhum mal em convidar os amigos para uma reunião na sua unidade. Principalmente se a mesma foi pensada para receber a peça central do evento: a churrasqueira.

Em condomínios onde há churrasqueira na unidade, com exaustão correta, não há nenhum problema em assar algo na brasa. Porém, quando o morador opta por equipamentos portáteis, pode, sim, incomodar os vizinhos.

“O cheiro e a fumaça realmente incomodam os vizinhos. Por não contarem com uma exaustão adequada, esse tipo de churrasqueira pode se tornar uma questão importante para o síndico”, pontua o síndico profissional Nilton Savieto.

Isso porque as churrasqueiras de alvenaria, que já são entregues junto com a unidade, contam com um sistema de exaustão que percorre todo o edifício – evitando que a fumaça e o cheiro se espalhe para outros andares.

Fazer um sistema de exaustão para a sua unidade também não é possível, uma vez que isso acarretaria em alteração de fachada, algo que só pode ser executado com aprovação de 100% dos moradores.

O grande porém das churrasqueiras do tipo é como elas funcionam. Isso porque, muitas vezes, o sistema elétrico ou de gás da unidade não foi dimensionado para o uso desse equipamento.

Veja abaixo o problema de cada uma delas:

Churrasqueira à gás
São, teoricamente, as que fazem menos fumaça. Porém, em diversas cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, é proibido o uso de botijões de gás em prédios.

“No caso da churrasqueira ser à gás é preciso saber qual é o ramal de gás a ser utilizado, já que utilizar botijão dentro do apartamento, não é permitido. Todo condomínio possui sua central de gás devidamente protegida em área comum, ou possui gás encanado direto da rua por tubulação até sua unidade. Porém, este gás da rua (gás natural) somente tem o seu ramal dimensionado para um fogão, e, não para uma churrasqueira”, explica George Albert Namesnik, responsável pela empresa Contra Fogo.

Churrasqueiras elétricas
Se não pode usar gás, uma churrasqueira na tomada pode parecer uma boa opção, certo? Nem sempre.

“Se a churrasqueira é elétrica deve ser averiguado se a fiação e o quadro de força da unidade do apartamento está dimensionada para isso, pois normalmente se utiliza a churrasqueira por várias horas. Se não houver o dimensionamento correto da parte elétrica, poderá aquecer a fiação e quadro de força.”

Churrasqueiras tradicionais (Carvão)
Já que nenhuma das opções mais “modernas” deu certo, e se optarmos pela churrasqueira com carvão? Nesse caso, infelizmente, voltamos ao primeiro problema: a fumaça e o cheiro que se espalham para as outras unidades.